Sopa de letras

Estamos no ápice da discussão ambiental mundial. Em nenhum outro momento da história se falou tanto de problemas ambientais ou se discutiu problemas sociais de forma tão ampla e “quase” irrestrita.

Entretanto, esta área de trabalho ainda é bastante enxuta, restrita a poucos profissionais e que apresenta características únicas. A principal, e objeto deste post, é a questão da transdisciplinaridade da questão ambiental (na verdade é a junção de áreas e a criação de siglas, mas ficou mais bonito escrever desta forma).

Todos sabemos que a questão ambiental não pode ser tratada de forma separada dos problemas sociais e econômicos, portanto a discussão conjunta destes temas é mais do que natural. No mundo corporativo temos visto algumas agregações de áreas de trabalho curiosas.
Nos primórdios as empresas costumavam ter uma área de qualidade e outra de segurança no trabalho. A área de qualidade começou a se expandir e ficou independente nas empresas, ganhou até certificado e virou o (SGQ – Sistema de gestão da qualidade). Já a área de segurança ocupacional tornou-se a área de saúde e segurança ocupacional (SST), incorporando a avaliação da saúde do trabalhador.

Ainda por volta da década de 1990 surge o movimento ambientalista contemporâneo, que começa a estimular as empresas a pensarem na questão ambiental. Cursos de formação na área começam a pipocar no país inteiro e surge a figura do gestor ambiental. Figura teórica somente. Na prática, surge a área de Saúde e Segurança Ocupacional e Meio Ambiente SSTMA.

Sim, aqueles profissionais da área de saúde e segurança ocupacional mais espertos e ligados nos movimentos contemporâneos, se atualizaram e começaram a acumular a área ambiental.

Em pouco tempo já se ouvia falar dos SGI – Sistemas de gestão integrados – e já era possível observar um movimento de unificação das áreas de qualidade, meio ambiente e saúde e segurança ocupacional.

Eu achava que tudo pararia por aí. Uma área que acumula 4 sub-áreas complexas já é algo a se questionar, mais do que isso é impossível!

Que nada, errei de novo. Faltava a área social! Como pude me esquecer? A Responsabilidade Social (RS) é tema de diversas palestras e reportagens na mídia em geral. A televisão discute a questão e até no rádio temos notícias da área social. Frente às questões sociais atuais, era bastante claro que esta área deveria se desenvolver nas corporações, então…

Nasce o QSMS-RS!

Qualidade, saúde, meio ambiente, segurança ocupacional e responsabilidade social.

Vamos revisitar o texto através das siglas…

Tudo começou com a SGQ e ST. A ST se tornou SST e surgiu o SGA. Com o tempo o SST se fundiu com o SGA e o SGQ e se tornou o SGI ou SMS em alguns casos (saúde, meio ambiente e segurança). Surge a problemática da responsabilidade social corporativa – RS e o que se pensava ser impossível acontece: Nasce o QSMS-RS!

Quanto mais será possível acumular de funções num único departamento?

OBS: O nascimento do QSMS-RS poderá ser presenciado no evento abaixo:

1º Fórum de Responsabilidade Social em QSMS-RSQualidade, Saúde, Meio Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social05/06/2007 (3ª feira) – Dia Mundial do Meio AmbienteAuditório INSTITUTO DE ENGENHARIAAv. Dr.Dante Pazzanese, 120 – São Paulo/SPVagas Limitadas. Participação Gratuita.

Inscrições apenas pela internet no link:

http://www.maisprojetos.com.br/produtos/grupos/forumespecial.htm

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4 Comentários em “Sopa de letras”

  1. Danilo Troncoso Says:

    Acho tudo isso muito normal. Os profissionais no Brasil estão crescendo, só que para os lados.

  2. Yuri Feres Says:

    Eu fiz todo este post pensando na situação hilária de ver uma ou mais siglas se tornando monstros! O que era SGA, SST e SGQ agora já tem gente chamando de QSMS-RS. Olha o tamanho desta sigla! rs…

    Mas não é apenas isto, vejo este movimento como uma clara declaração que estas questões (qualidade, segurança e, em especial, meio ambiente e responsabilidade social empresarial, ainda são temas secundários para as corporações. Tanto que para se conseguir público o evento citado no post juntou tudo para ver se enche a casa.

    Siceramente não consigo imaginar que um evento e uma área possa abranger todos estes temas.

  3. Ju Says:

    Concordo plenamente! Mas acredito que isto trata-se apenas de um passo inicial. Com o tempo os tomadores de decisão perceberão que uma área tão abrangente assim será muito ineficiente, não conseguindo gerir com a devida atenção nehum dos temas citados. Só dentro de meio ambiente existe a engenharia, o direito, a educação, a gestão, o saneamento, a agronomia… E na área social então?? Direito, conflitos de interesse, filanropia, responsabilidade corporativa, invetimento social privado, diálogo com stakeholders…

  4. Luiz Fernando R Franco Says:

    Olá Yuri, descvulpe por não se tratar do assunto .Estou tentando lhe responder seu email q vc me encaminhou .E estão voltando todos.
    Caso queira falar comigo mande novo email ou cel 13-91639229


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